É uma forma de demência devida à morte das células cerebrais que começa por aniquilar a memória e, subsequentemente, as outras funções mentais, determinando completa ausência de autonomia. A doença é frequentemente confundida com arteriosclerose embora não tenha relação com problemas circulatórios.
Muitos casos só são identificados quando a demência atinge um estado avançado. Nesta etapa, o stress das pessoas que cuidam do paciente já é elevado e as opções de tratamento são limitadas.
No início da enfermidade, o doente sofre porque tem consciência das suas limitações e incapacidades. Procura por vezes ocultá-las, manifestando alterações de temperamento e personalidade ou caindo em depressão.
A causa da DA ainda não é conhecida. Existem várias teorias, porém, aceita-se que seja uma doença geneticamente determinada mas não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).
À medida que o mal avança, são os familiares que mais sofrem, assistindo, impotentes, ao declínio mental e físico de alguém que amam. Todos os que vivem em torno do doente acabam por acusar os efeitos desta situação, devidos quer a causas de ordem emocional, quer às inerentes dificuldades económicas.
A doença impõe uma vigilância constante, levando os familiares a confrontarem-se com vários problemas, nomeadamente:
- Dificuldade de acompanhamento do doente em casa, devidos às obrigações profissionais
- Despesas elevadas com medicamentos, ajudas técnicas e cuidadores remunerados
- Resistência de algumas instituições à aceitação dos doentes
- Incapacidade das instituições que os aceitam de prestarem cuidados adequados
- Deficiência de formação dos profissionais para cuidarem dos doentes
Para ajudar a determinar quais os sinais de aviso a procurar, a Associação de Alzheimer, elaborou a seguinte lista de controlo dos sintomas comuns da doença (alguns deles podem ser aplicados a outras formas de demência).
Dificuldade em executar as tarefas domésticas – As pessoas muito ocupadas podem temporariamente ficar tão distraídas que chegam a deixar as batatas no forno e só se lembrarem de as servir no final da refeição. O doente de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição, ou esquece-se de que já comeu.
Perda da noção do tempo e desorientação – É normal perdermos – por um breve instante – a noção do dia da semana ou esquecermos o sítio para onde vamos. Porém, uma pessoa com a DA pode perder-se na sua própria rua, ignorando como foi dar ali ou como voltar para casa.
Problemas relacionados com o pensamento abstracto – Por vezes, as pessoas podem achar que é difícil fazer as contas dos gastos, mas alguém com a DA pode esquecer completamente o que são os números e o que tem de ser feito com eles. Festejar um aniversário é algo que muitas pessoas fazem, mas o doente de Alzheimer pode não compreender sequer o que é um aniversário
Alterações de humor ou comportamento – Toda a gente fica triste ou mal-humorada de vez em quando. Alguém com a DA pode apresentar súbitas alterações de humor – da serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal facto.
Perda de iniciativa – É normal ficar cansado com o trabalho doméstico, as actividades profissionais do dia a dia, ou as obrigações sociais; porém, a maioria das pessoas recupera a capacidade de iniciativa. Um doente de Alzheimer pode tornar-se muito passivo, e necessitar de estímulos e incitamento para participar.
Como pode ajudar a Terapia Ocupacional?
A intervenção da Terapia Ocupacional na DA tem como objectivo maximizar a funcionalidade, autonomia e qualidade de vida do paciente, bem como fornecer (in)formação aos prestadores de cuidados.