O risco de cair aumenta significativamente com o avançar da idade, o que coloca esta síndrome geriátrica como um dos grandes problemas de saúde pública devido ao aumento expressivo do número de idosos na população e à sua maior longevidade, competindo por recursos já escassos e aumentando a demanda por cuidados de longa duração.
Diversos factores de risco e múltiplas causas interagem como agentes determinantes e predisponentes, tanto para quedas acidentais quanto para quedas recorrentes, impondo aos profissionais de saúde, o grande desafio de identificar os possíveis factores de risco modificáveis e tratar os factores etiológicos presentes.
As quedas nos idosos podem provocar uma série de danos físicos, como traumatismos de tecidos moles e fracturas ósseas, declínio funcional e muitas vezes a morte.
Estes acidentes podem ainda afectar a qualidade de vida dos idosos através de consequências psicossociais, provocando sentimentos de medo, fragilidade, desesperança, perda de controlo e receio de passar a ser dependentes de terceiros. O sentimento de medo e falta de confiança constituem muitas vezes o ponto de partida para uma progressiva deterioração do estado global do idoso através da redução da mobilidade, função e diminuição das actividades sociais e recreativas.
Conhecendo estes aspectos, é fundamental ter pensamento preventivo! Não espere por uma queda para adoptar medidas, tenha cuidados antecipados, prevenindo hoje o que poderá não controlar amanhã!
São aqui referidos alguns factores de risco que poderão contribuir para as quedas nos idosos, bem como pequenas dicas que poderão ajudar a tomar algumas medidas de prevenção:
História de quedas anteriores: por vezes as quedas nos idosos são importantes indicadores de alterações na saúde e declínio funcional, pelo que deve ter em atenção em que contexto aconteceram as quedas.
As quedas nos idosos podem provocar uma série de danos físicos, como traumatismos de tecidos moles e fracturas ósseas, declínio funcional e muitas vezes a morte.
Estes acidentes podem ainda afectar a qualidade de vida dos idosos através de consequências psicossociais, provocando sentimentos de medo, fragilidade, desesperança, perda de controlo e receio de passar a ser dependentes de terceiros. O sentimento de medo e falta de confiança constituem muitas vezes o ponto de partida para uma progressiva deterioração do estado global do idoso através da redução da mobilidade, função e diminuição das actividades sociais e recreativas.
Conhecendo estes aspectos, é fundamental ter pensamento preventivo! Não espere por uma queda para adoptar medidas, tenha cuidados antecipados, prevenindo hoje o que poderá não controlar amanhã!
São aqui referidos alguns factores de risco que poderão contribuir para as quedas nos idosos, bem como pequenas dicas que poderão ajudar a tomar algumas medidas de prevenção:
História de quedas anteriores: por vezes as quedas nos idosos são importantes indicadores de alterações na saúde e declínio funcional, pelo que deve ter em atenção em que contexto aconteceram as quedas.
Diminuição sensorial: com a idade é comum o défice visual, o que requer correcção médica. Certifique-se que a luz em casa é suficiente e adequada para o idoso. Tenha ainda atenção à capacidade auditiva, que deve igualmente ser corrigida.
Perda de capacidade mental: em situações de demência pode ser necessário limitar algumas actividades por motivo de segurança, remover objectos em casa que possam ser perigosos e avaliar a necessidade de apoio nas várias actividades de vida diárias.
Alterações de mobilidade: muitas vezes os idosos têm alterações nos movimentos, o que lhes dificulta a realização das actividades da vida diárias normais, podendo conduzir às quedas. Assim, deve ser avaliada a necessidade de auxiliares de marcha, como bengalas, andarilhos, canadianas, ou alterações em casa, como correcção de sanitários baixos, cama ou banheira, o uso de luzes nocturnas no quarto e casa de banho.
Medicação: é comum os idosos tomarem medicamentos de forma regular e permanente, pelo que se deve tomar especial atenção ao início de novos medicamentos. A poli medicação (4 ou mais medicamentos), ou medicamentos que causem sedação, alteração do equilíbrio, hipoglicémia ou hipotensão, poderão favorecer as quedas.
Alterações urinárias: o idoso poderá sentir necessidade de urinar várias vezes durante a noite e nestes casos, ter uma mesa-de-cabeceira com dispositivos urinários (urinol, arrastadeira), é uma estratégia que pode revelar-se útil, de forma a evitar as frequentes idas nocturnas à casa de banho. Se houver alterações do controlo urinário, pode planear-se um horário de micção frequente e considerar o usos de fraldas apenas quando estritamente necessário.
Hipotensão ortostática: muitos idosos têm hipotensão nas mudanças de posição, especialmente da posição de deitado para sentado, devendo por isso as mudanças de posição ser realizadas lentamente e iniciar a marcha apenas quando se sentir bem, sem tonturas, fraqueza, suores ou indisposição. Se este facto acontecer após iniciar uma nova medicação, poderá ser necessário ir ao médico, para avaliar a necessidade de ajustar a terapêutica.
Consumo de álcool: mesmo em pequenas quantidades pode provocar alterações que conduzem a quedas, já que influencia o equilíbrio e interfere com a acção de medicamentos. Desta forma, o seu consumo deve ser evitado ou, se não estiver clinicamente contra-indicado, consumido com moderação.
Restrição da actividade: o facto do idoso ter algumas limitações físicas e funcionais que aumentam o risco de quedas, não significa que deva permanecer o dia sentado e sem actividade! De facto, o ideal é maximizar as capacidades e potencialidades, pois a restrição da actividade pode relacionar-se com as quedas, uma vez que se favorece a perda de massa muscular, flexibilidade articular e a força. Os idosos devem ser encorajados a andar, realizar actividades diárias, podendo mesmo solicitar um programa de exercício adequado que melhore o equilíbrio e a flexibilidade, que aumente a força e a resistência, bem como a coordenação.
Falta de Aconselhamento a Familiares: Quem tem familiares acamados deve pedir apoio a profissionais de forma a aprender técnicas para a transferência dos idosos, por exemplo da cama para a cadeira e vice-versa, de forma a evitar quedas durante estas actividades. Os técnicos poderão também fornecer estratégias alternativas para realizar algumas actividades diárias em casa, quando se detecta alguma incapacidade funcional.
Viver sozinho: este facto pode aumentar não só o risco de quedas como também as suas consequências, uma vez que o idoso após a queda pode não ter possibilidade de providenciar ajuda.
Perda de capacidade mental: em situações de demência pode ser necessário limitar algumas actividades por motivo de segurança, remover objectos em casa que possam ser perigosos e avaliar a necessidade de apoio nas várias actividades de vida diárias.
Alterações de mobilidade: muitas vezes os idosos têm alterações nos movimentos, o que lhes dificulta a realização das actividades da vida diárias normais, podendo conduzir às quedas. Assim, deve ser avaliada a necessidade de auxiliares de marcha, como bengalas, andarilhos, canadianas, ou alterações em casa, como correcção de sanitários baixos, cama ou banheira, o uso de luzes nocturnas no quarto e casa de banho.
Medicação: é comum os idosos tomarem medicamentos de forma regular e permanente, pelo que se deve tomar especial atenção ao início de novos medicamentos. A poli medicação (4 ou mais medicamentos), ou medicamentos que causem sedação, alteração do equilíbrio, hipoglicémia ou hipotensão, poderão favorecer as quedas.
Alterações urinárias: o idoso poderá sentir necessidade de urinar várias vezes durante a noite e nestes casos, ter uma mesa-de-cabeceira com dispositivos urinários (urinol, arrastadeira), é uma estratégia que pode revelar-se útil, de forma a evitar as frequentes idas nocturnas à casa de banho. Se houver alterações do controlo urinário, pode planear-se um horário de micção frequente e considerar o usos de fraldas apenas quando estritamente necessário.
Hipotensão ortostática: muitos idosos têm hipotensão nas mudanças de posição, especialmente da posição de deitado para sentado, devendo por isso as mudanças de posição ser realizadas lentamente e iniciar a marcha apenas quando se sentir bem, sem tonturas, fraqueza, suores ou indisposição. Se este facto acontecer após iniciar uma nova medicação, poderá ser necessário ir ao médico, para avaliar a necessidade de ajustar a terapêutica.
Consumo de álcool: mesmo em pequenas quantidades pode provocar alterações que conduzem a quedas, já que influencia o equilíbrio e interfere com a acção de medicamentos. Desta forma, o seu consumo deve ser evitado ou, se não estiver clinicamente contra-indicado, consumido com moderação.
Restrição da actividade: o facto do idoso ter algumas limitações físicas e funcionais que aumentam o risco de quedas, não significa que deva permanecer o dia sentado e sem actividade! De facto, o ideal é maximizar as capacidades e potencialidades, pois a restrição da actividade pode relacionar-se com as quedas, uma vez que se favorece a perda de massa muscular, flexibilidade articular e a força. Os idosos devem ser encorajados a andar, realizar actividades diárias, podendo mesmo solicitar um programa de exercício adequado que melhore o equilíbrio e a flexibilidade, que aumente a força e a resistência, bem como a coordenação.
Falta de Aconselhamento a Familiares: Quem tem familiares acamados deve pedir apoio a profissionais de forma a aprender técnicas para a transferência dos idosos, por exemplo da cama para a cadeira e vice-versa, de forma a evitar quedas durante estas actividades. Os técnicos poderão também fornecer estratégias alternativas para realizar algumas actividades diárias em casa, quando se detecta alguma incapacidade funcional.
Viver sozinho: este facto pode aumentar não só o risco de quedas como também as suas consequências, uma vez que o idoso após a queda pode não ter possibilidade de providenciar ajuda.
Em que pode ajudar o Terapeuta Ocupacional?
A casa onde o idoso mora ou permanece frequentemente, pode ser um campo cheio de minas e armadilhas que devem ser identificadas e desactivadas. É desta forma que a intervenção do Terapeuta ocupacional se torna pertinente. São aqui descritas algumas pistas, que foram baseadas na lista para prevenir acidentes em casa do National Center for Injury Prevention and Control of the Centers for Disease Control and Prevention:
Chão:
- Mude a mobília de forma a desimpedir o caminho.
- Retire os tapetes do chão, assim como as carpetes, pois se estes não tiverem dupla face ou superfície anti-derrapante, de forma a não escorregar ou tropeçar neles.
- Se tiver alcatifas certifique-se que não têm pontas soltas.
- Retire papéis, revistas, livros, sapatos, caixas, cobertores, toalhas ou outros objectos do chão e mantenha-os, pois podem ser a causa de uma queda.
- Deve fixar os fios na parede (extensões eléctricas, fios de telefone ou fios de candeeiros) de forma a não tropeçar sobre eles.
- Tenha ainda em atenção se existem superfícies irregulares, como por exemplo tacos levantados.
- Na necessidade de encerar a casa faço-o com cera não derrapante.
Escadas e degraus:
- Retire os objectos que tenha nas escadas e mantenha-os longe delas.
- É aconselhável colocar iluminação no topo e no fundo das escadas e que sejam colocados interruptores em ambos locais podendo ser os interruptores brilhantes para serem mais visíveis.
- Coloque corrimões dos dois lados das escadas e assegure-se que estão bem fixos.
Cozinha:
- Remova as coisas que habitualmente utiliza mais vezes, para as prateleiras mais baixas do seu armário.
- Deve evitar subir aos bancos e escadotes, mas se for inevitável, não substitua o escadote por cadeiras ou bancos, e prefira os escadotes com barras laterais de apoio.
Quarto:
- Tente colocar uma lâmpada perto da cama que seja fácil de alcançar.
- Utilize uma luz de presença durante a noite. Existem luzes de presença no mercado que se ligam automaticamente após escurecer.
- A cama deverá ser firme e de altura adequada que permita a entrada e saída sem grande dificuldade.
Casa de banho:
- Deve tomar duche e não banho de imersão, de preferência no poliban.
- Deve colocar um tapete ou outra superfície anti-derrapante dentro e fora do poliban.
- Colocar barras de apoio na parede que ajudem a entrada e saída do banho, bem como dos lados da sanita.
Acuidade Pessoal:
- Devem ter-se em atenção alterações ao nível dos pés, nomeadamente unhas demasiadamente longas, calos dolorosos, ou mesmo o uso de calçado inadequado.
- Os sapatos não devem ter saltos para não prejudicar o equilíbrio, devem ter o tamanho correcto e sola anti-derrapante, devendo evitar os chinelos.
- A roupa também deve ser confortável e permitir a execução dos movimentos, tendo cuidado com roupa muito comprida, pois o idoso pode tropeçar nela.
adaptado de:www.advita.pt
2 comentários:
Que magnifico artigo.
Muitos parabéns não desistas por favor contínua.
Olá
Eu sou fisio trabalho na fisiogaspar e deram-me este endereço para ver.
Blog muito útil interessante com grande conteúdo científico.
Gostei imenso parabéns
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