O mais importante é não nos esquecermos que as pessoas com deficiência física são pessoas normais, mas que tiveram a infelicidade de perder alguma capacidade, como por exemplo: locomoção, visão, audição, …
No entanto o que difere entre as pessoas com deficiência física e as pessoas sem ela é o modo como desempenham as suas actividades diárias, quer em casa, quer no trabalho, ou mesmo durante o seu tempo de lazer.
São várias as causas para muitas vezes não se saber como se deve agir. O desconhecimento é uma delas, mas também o preconceito e/ou a discriminação que ainda existem e estão bastante presentes na nossa sociedade – infelizmente!
Assim, aqui ficam algumas dicas de como abordar e agir com pessoas com deficiência física:
Pessoas que se locomovam em cadeiras de rodas
- Converse com naturalidade, fale a respeito de todos os assuntos, mesmo aqueles em que o deficiente não pode actuar fisicamente, como algumas modalidades desportivas, danças, etc...
- É importante saber que para uma pessoa sentada é incomodo ficar a olhar para cima por muito tempo. Assim, quando estiver a falar com uma pessoa em cadeira de rodas, se possível fiquem com os olhos ao mesmo nível.
- Não tente ajudar o deficiente sem que ele peça ajuda – isso pode significar pena ou super protecção.
- Nunca empurre a cadeira de rodas, sem que ele peça.
- Nunca movimente a cadeira de rodas sem permissão da pessoa, a não ser que você tenha uma grande proximidade pessoal ou uma relação estreita.
- Caso tenha curiosidade sobre o defeito físico, pergunte com naturalidade, sem se lamentar sobre o que gerou o defeito físico ou o que isso traz de dificuldades no dia a dia, porque, só assim, a sociedade ficará esclarecida e informada sobre o assunto, diminuindo o preconceito, a discriminação e quebrando tabus e inverdades.
- Caso queira convidar o deficiente para visitar algum lugar, eventos sociais, restaurantes, cinemas, viagens, etc, nunca diga que o lugar é impossível para ele ir. Se conhecer o local, o acesso, explique quais são as dificuldades, facilidades e dê a sugestão de pesquisar sobre os assuntos, para que ele analise os prós e contras e decida o que fazer, sem lhe causar transtornos e às pessoas que o rodeiam.
Como agir com pessoas cegas ou com deficiência visual
- Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência visual precisam de ajuda, mas se encontrar alguma que pareça estar em dificuldades, identifique-se e ofereça auxílio. Nunca ajude sem antes perguntar como faze-lo.
- Caso a sua ajuda como guia seja aceite, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado.
É importante avisar, antecipadamente, a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos, e outros obstáculos durante o trajecto. - Para ajudar a pessoa cega a sentar-se, deve guiá-la até à cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa se sente sozinha.
- Na presença de uma pessoa cega fale em tom normal, a menos que a pessoa tenha deficiência auditiva, não faz sentido gritar.
- Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que estes cães têm a responsabilidade de guiar um dono. Desta forma o cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia.
- Em convívio social ou profissional, não exclua as pessoas com deficiência visual das actividades a desenvolver. Deixe que elas decidam como podem ou querem participar.
- Quando se ausentar, não esqueça de avisar ou despedir-se do deficiente visual.
Como agir com pessoas surdas ou com deficiência auditiva
- Fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras. Use um tom de voz normal, a não ser que lhe peçam para falar mais alto. Gritar nunca!
- Fale de frente com a pessoa, não de lado ou atrás.
Faça com que a sua boca seja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. - Quando falar com uma pessoa surda, tente ficar num lugar iluminado, evite ficar contra a luz.
- Se souber alguma linguagem de sinais tente usá-la, se a pessoa tiver dificuldade em entender avisará.
- Enquanto estiver a conversar, mantenha sempre contacto visual, se desviar o olhar a pessoa pensará que a conversa terminou.
- Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é comunicar.
- Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.