- Escoliose postural: frequente em adolescentes, as curvas são leves e desaparecem por completo com a flexão da coluna vertebral ou bem com o decúbito.
- Escoliose compensatória: o diferente comprimento dos membros inferiores levam a uma obliquidade pélvica e secundariamente a uma curva vertebral.
2. Escoliose estruturada transitória:
- Escoliose ciática: secundária a uma hérnia discal, pela irritação das raízes nervosas. Com a cura da lesão desaparece a curva
- Escoliose histérica: requer tratamento psiquiátrico
- Escoliose inflamatória: em casos de apendicite ou bem abscessos perinefrítico
3. Escoliose estrutural (70 a 80% dos casos)
- Idiopática
- Congénita
- Neuromuscular (Ex. poliomielite, paralisia cerebral, seringomielia, amiotonia congénita, ataxia de Friedreich)
- Neurofibromatose
- Distúrbios mesenquimiais (Ex: Sindrome de Marfan, Sindrome de Morquio, Artrite reumatóide, osteogénese imperfeita)
- Traumatismo (Fracturas, Irradiação, Cirurgia)Escoliose não-estrutural:
Existem diferentes tipos de curvas e é esta diferença que determina o tipo de tratamento mais apropriado. A direcção da curva é designada em conformidade com a sua convexidade e cada curva única (C) ou dupla (S) deve receber uma designação.
Avaliação
Uma as provas usadas tradicionalmente para a verificação da existência ou não de escolioses é a prova de flexão de Adams.
A avaliação radiográfica mais usada para a magnitude das curvas é o método de Cobb. A primeira etapa consiste me decidir que vértebras são as vértebras terminais da curva. Essas vértebras serão os limites inferior e superior da curva que se inclina mais acentuadamente para a concavidade da curva. Depois é traçada uma linha ao longo da placa terminal inferior e outra ao longo da placa terminal superior. O ângulo mais importante é aquele entre essas duas linhas.
Tratamento
O desequilíbrio muscular que existe como resultado de uma escoliose não idiopática pode ser tratado com o uso de exercício para prevenir qualquer agravamento adicional da escoliose além daquela doença que já a causou.
No entanto é importante que este desequilíbrio seja tratado por que sabe, pois um mau trabalho muscular ainda pode agravar mais o quadro e as queixas existentes.
Importante:
- Os exercícios simétricos não devem ser tentados.
- Deve-se alongar os músculos ou grupos musculares mais fortes e fortalecer os antagonistas/sinergistas.
- Os indivíduos que estão a desenvolver cifoescoliose devem evitar os exercícios que promovam a extensão das costas realizados em decúbito ventral, pois estes fortalecem ainda mais a musculatura extensora lombar.
- Evitar posicionamentos incorrectos, pois estes podem levar ao desenvolvimento/ agravamento da escoliose.
Fonte: Brody, H.T.; Exercicio Terapeutico: Na Busca de Função; 2001
Imagens: http://www.cto-am.com/
2 comentários:
Um artigo muito bom, conteúdo cientifico óptimo.
Os meus parabéns
Artigo muito bom.
A utilidade deste artigo é vasta, serve não só os terapeutas, que estejam interessados nesta matéria, com os estudantes da área de saúde.
É notório a sensibilidade da autora para estes assuntos, deixando transparecer mais uma vez nos seus artigos, a sua paixão e dedicação por esta área.
Resta-me dar os meus parabéns e incentiva-la a continuar pois está sem dúvida no caminho certo.
Por isso deixo aqui um pensamento que de certeza a autora vai entender.
"Às vezes não recuar já é avançar."
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