A mão é a nossa melhor e insubstituível ferramenta de preensão. Com a sua ajuda, podemos intervir no meio ambiente de acordo com os nossos desejos. Seja para trabalhar com barro, amassar, modelar, esculpir algo ou simplesmente cortar legumes – para tudo isso é necessário recorrer ao uso das nossas mãos. Só reconhecemos o seu valor quando, devido a uma lesão (por menor que seja), a nossa liberdade de movimentos fica limitada
As funções motoras e sensíveis da mão são totalmente voltadas para a preensão, em que há uma grande variedade de possibilidades. Conforme Kapanji (1992), distinguimos os três seguintes grupos:
As funções motoras e sensíveis da mão são totalmente voltadas para a preensão, em que há uma grande variedade de possibilidades. Conforme Kapanji (1992), distinguimos os três seguintes grupos:
- Preensões estáticas
- Preensões sob a influencia predominante da gravidade
- Preensões dinâmicas
PREENSÕES ESTÁTICAS
As preensões estáticas, por sua vez, são divididas nos seguintes grupos:
- Preensões de dedos
- Preensões bidigitais
- Preensões pluridigitais - Preensões da palma da mão
- Preensões simétricas
Preensões Bidigitais
São preensões de precisão executadas por dois dedos. Elas possibilitam pegar e segurar os objectos mais pequenos. Distinguem-se os quatro seguintes tipos
- Preensão com a ponta dos dedos: duas pontas dos dedos seguram um objecto.
- Preensão com a polpa dos dedos: preensão com a polpa dos dedos é semelhante à preensão com a ponta dos dedos, porém abrange uma área maior, pois é realizda com a polpa inteira dos dedos; por exemplo, quando se pega numa folha de papel.
Preensões Pluridigitais
As preensões pluridigitais capacitam realizar uma preensão firme, uma vez que ao lado do polegar são utilizados adicionalmente dois, três ou quatro dedos. Distinguem-se:
- Preensão tridigital: o polegar, o segundo e o terceiro dedos formam essa preensão. É necessária, por exemplo, para escrever ou abrir fechos.
- Preensão tetradigital: Objectos maiores são segurados com segurança – por exemplo, quando se abre um pote de compota.
- Preensão pentadigital: Todos os dedos são utilizados. O polegar ocupa diversas posições de oponência – por exemplo, quando se agarra um bola ou um pires.
Preensões da palma da mão
Ao contrario das preensões com os dedos, neste tipo de preensão o objecto é agarrado também com a palma da mão, e com isso aumentam a estabilidade e a área da preensão. Preensões com a palma da mão podem ser realizadas de dois modos diferentes:
- Somente os dedos longos são utilizados – por exemplo no acto de remar.
- Polegar mais dedos longos são utilizados – por exemplo para segurar uma ferramenta.
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PREENSÕES SOB A INFLUENCIA PREDOMINANTEMENTE DA GRAVIDADE
O que caracteriza estas preensões é que não podem ser realizadas em estado de falta de gravidade (em condições experimentais), por exemplo, agarrar numa bandeja, num balde de água, etc. Outros exemplos são: formar uma concha com as mãos e captar ou remover algo.
As preensões dinâmicas destacam-se pelo facto de que durante a sua realização estamos a agir simultaneamente, por exemplo ao escrever, cortar, comer com pauzinhos, ou tocar um instrumento.
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Livro: Terapia para as Mãos (2007).